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Capítulo 38


Amy recolheu Gyarados à PokéBola e aproximou-se do amigo.

— E quem diria que você conseguiria me derrotar algum dia... Espero que você não decepcione e vença a final. Afinal, eu fiquei realmente afim daquele Lapras.

Ethan a olhou confuso.

— Ué... Mas se eu vencer, não é justo que eu fique com o prêmio?

A garota sorriu maliciosa.

— É justo que você fique com algo mais valioso do que um mero Pokémon. — E deu uma mordiscada na orelha do menino, fazendo-o arrepiar por inteiro.

Forrest aproximou-se da dupla.

— Você anda melhorando, Ethan. E eu fiquei realmente surpreso com aquele Water Pulse. Onde você o conseguiu?
— Digamos que... Foi uma coincidência. — Respondeu o garoto, ficando sem graça.

Amy o encarou.

— Seeeei... — Ela franziu o cenho. — Essa história tá mal contada. Mas é melhor você se preparar pra batalha final.

Ethan suspirou aliviado.

— E contra quem é?
— Eu. — Soou uma voz conhecida.

Ao se virar, todos deram de cara com Joey e um sorriso convencido no rosto.

— Você?! — Exclamou o menino.
— Não sei por que você está assustado. Até parece que não sabia que eu chegaria à final. — Sorriu Joey.

Ethan pareceu tenso. Da última vez que havia batalhado sem interferências contra Joey, ele havia perdido. Seria medo esse sentimento que estava parecendo consumir seus órgãos internos?

— Eu vou vencer você, Joe. Guarde o que eu estou falando.
— Veremos. Depois do almoço, claro, porque eu estou faminto. — Disse o garoto, acariciando a barriga que reclamava alto.

A voz de Bob ecoou pelos ouvidos de todos.

— Senhoras e senhores! Estamos com as finais definidas: O participante Ethan contra o participante Joey! Em duas horas, após o almoço, Lapras terá um treinador! Mantenham-se atentos!

Ethan e Joey olharam um para o outro e sorriram.

— Quem chegar por último no refeitório é mulher do padre! — Exclamou Joey, saindo em disparada em direção aos corredores do navio.
— Ei, isso não é justo! Você nem avisou que ia fazer isso! — Ethan acelerou e começou a perseguir seu rival.

Amy e Forrest se entreolharam e deram um sorriso sem graça.

Um homem com cabelos arrepiados num tom de carmim, uma roupa azulada com linhas laranja passando por ela e cruzando seu corpo ia em direção a dupla que permanecia parada próxima ao campo de batalha. Sua capa negra se arrastava no chão e dava ao homem um ar selvagem. A feição séria que tinha em seu rosto o fazia uma pessoa respeitada, e isso podia se ver na expressão de admiração e surpresa nas faces dos passageiros que se encontravam ali. Os buchichos e cochichos incrédulos diziam repetidamente o seu nome, mas Amy e Forrest permaneciam tão imersos em seu “mundo real” que nem perceberam quando a voz grave, porém suave, do rapaz chamava por sua atenção.

— Mocinha, com licença.

Amy e Forrest viraram-se e entraram em estado de choque. Em sua frente, estava uma figura conhecida e muito falada tanto no mundo da máfia de Amy quanto nos campos de batalha de Ginásio de Forrest. Ali, parado defronte a eles, estava o grande líder da Liga Pokémon, o mestre dos Dragões, o imbatível Lance.

— Você não gostaria de entrar para a Elite 4? Estou procurando por novos membros e você é perfeita para o cargo que tenho em mente. — Disse Lance, gentilmente repousando seus olhos castanhos em Amy, que pela primeira vez em sua vida, não tinha o que responder.

Forrest engasgou e as pessoas ao redor apontavam tímidas para eles.

— E-Elite 4? E-Eu? — Gaguejou a moça dando um passo para trás, incrédula, sentindo-se estranhamente encantada por aquele sorriso irritantemente simpático.

A respiração de todos os presentes pareceu oscilar por um instante. Não era algo que se via todos os dias: O campeão da Elite convocando um treinador comum no meio de tantas pessoas era algo inacreditável.

Lance aguardava pacientemente a resposta de Amy que permanecia em choque. Nenhuma palavra saia de sua boca. Sua respiração estava ofegante e seu coração palpitava numa velocidade acima do normal. Ela sabia que Lance era um treinador poderosíssimo. Mais até que Red — visto que Lance derrotou Red e pegou de volta o posto de campeão da Elite 4. E, diferente de Red, ela não sabia se Lance se renderia ao seu charme. Era melhor não arriscar e ficar longe, porque ela também não tinha ideia se Lance sabia de sua antiga ligação com a Equipe Rocket.

— Eu agradeço o convite, senhor Lance... Mas não posso aceitar.

A surpresa foi audível na exclamação soltada por todos os passageiros que presenciavam aquela cena. Forrest, timidamente, aproximou-se do ouvido da amiga, apreensivo.

— Amy... Você tem certeza? A Elite 4 é a oportunidade de uma vida! Nem em sonho eu acho que conseguiria fazer parte dela... — Cochichou o moreno.
— Eu tenho certeza da minha escolha. Desculpa, senhor Lance, mas essa é a minha decisão final. — Disse a garota.

Lance deu de ombros.

— Muito bem então. Eis aqui o meu cartão. Ligue-me se mudar de ideia. — O campeão dos dragões estendeu um cartão de visita preto com o logotipo da Liga Pokémon, virando-se em seguida para seguir em direção à sua cabine luxuosa no navio.

Amy e Forrest se entreolharam. Foi quando a garota não aguentou a curiosidade.

— Por que você me quer na Elite 4?

Lance parou imediatamente. Com aquele sorriso irritantemente simpático, virou-se para Amy.

— Você é talentosa. Eu vi o jeito como você lidou com seu Gyarados. Claro que eu posso aumentar ainda mais o seu poder como treinadora... Mas não cabe a mim escolher por você.
— Mas por que o senhor está formando uma nova Elite? — Questionou Forrest.
— Creio que a Liga Pokémon precise de treinadores jovens que levem a sério o trabalho. A Elite 4 de Kanto e Johto se tornaram independentes e, depois de Red e Gary, que foram treinadores prodígios mas que não aguentaram a responsabilidade, quero renovar a Liga, abrir novas portas. Os meus antigos companheiros têm planos diferentes dos meus e achamos por bem dividir o governo. Estou juntando novos. Eu já vi tudo o que tinha que ver por aqui. Até mais, jovens treinadores.

Lance arrumou sua capa majestosa e se retirou dali. Ninguém fez menção de segui-lo para conseguir autógrafos ou fotos. O público ainda estava em choque. Amy e Forrest também.

***

Ethan e Joey acariciavam a barriga estufada. Eles competiram até mesmo pra definir quem terminava de comer a maior quantidade de comida em menos tempo. Nem deram muita atenção quando o pessoal que vinha da proa do navio chegava atrasado no restaurante e, entre eles, Amy e Forrest vinham conversando baixinho, aproximando-se da mesa onde os garotos estavam sentados.

— Por que é que vocês estão com essa cara surpresa? Parece até que viram um Pokémon lendário. — Disse Ethan saudando os amigos.
— Foi quase isso... — Suspirou Forrest.
— Lance está no navio. Veio até mim perguntar se eu não queria me juntar à Elite 4. — Resumiu Amy.

Os olhos de Ethan e Joey quase saltaram para fora das órbitas.

— COMO ASSIM?! — Berrou Ethan.
— VOCÊ ACEITOU, NÃO É?! – Questionou Joey no mesmo tom de voz.
— Calem a boca! Falem baixo! — Brigou Amy, constrangida, tentando fazer com que os amigos chamassem menos atenção. — É óbvio que eu não ia aceitar!

Ethan parecia indignado.

— Mas como assim, mulher?! Você sabe o quanto é difícil derrotar a Liga Pokémon! Imagina entrar pra Elite!
— Vocês três sabem que eu não posso ficar sozinha! Minha cabeça está em jogo. E imaginem quatro dos maiores treinadores da região estarem comigo 24 horas por dia, isso mancharia a reputação da Elite. Eles me entregariam pros Rockets.
— Ou você teria quatro dos maiores treinadores da região de segurança. O que é uma organização criminosa perto da Elite 4? — Falou Joey distraído.
— Oito ou oitenta. — Finalizou Forrest.

Agora a mente de Amy trabalhava a mil por hora. Era realmente uma questão de extremos. Ao menos Lance havia deixado o contato dele com a menina, nem tudo estava perdido.

Após a pausa do almoço, finalmente a grande batalha final havia chegado. Ethan ergueu-se da mesa e espreguiçou-se. Joey levantou-se vagarosamente.

— Acho que tá na hora do show. — Disse o garoto para Ethan.
— Vamo nessa. Boa sorte, parceiro. Que vença o melhor. — Sorriu Ethan.

***

Na proa do navio, uma muvuca. Os curiosos aproximavam-se para presenciar aquela batalha. Não era sempre que aquele tipo de evento acontecia e ninguém sabia quando ia acontecer de novo.

Ethan e Joey se encararam e sorrindo. Bob autorizou a partida erguendo o braço esquerdo para o alto.

— Wooper, eu escolho você! — Ethan arremessou a PokéBola no piso do navio.

O pequenino saiu sorridente, animado para batalhar.

— Lembra desse, Joey? — Questionou o menino. Joey fez que sim com a cabeça.

***

Uma bela cachoeira recebeu os garotos que se surpreenderam ao ver um número grande de Wooper selvagens que habitava ali. Eles pareciam reverenciar um Pokémon maior que estava sentado em uma espécie de trono feito com objetos brilhantes. Ethan exclamou alto quando viu suas duas insígnias na coroa de Quagsire.

— Que Pokémon é aquele? — Questionou Ethan enquanto sacava a PokéAgenda.
“Quagsire, um Pokémon Peixe Aquático. É a forma evoluída de Wooper. Este despreocupado Pokémon tem uma natureza fácil de lidar. Devido à sua atitude relaxada e despreocupada, muitas vezes esbarra a cabeça em pedregulhos e cascos de barcos enquanto nada.” — Informou o dispositivo.
— Siiiiiiiire! — Quagsire gritou de repente e apontou para os humanos. O enorme grupo de Wooper colocou-se na frente de seu rei, pronto para atacar.

Ethan deu um passo à frente e apontou para Quagsire.

— Essas duas coisas aí na sua coroa idiota são minhas insígnias! Eu dei um duro danado pra conseguir elas e não vou aceitar que nenhum Pokémon idiota roube elas de mim!

Quagsire voltou a gritar e os Wooper soltaram um jato d’água de suas bocas minúsculas. O poderoso ataque em grupo derrubou a todos no chão. Ethan se irritou a ver todos os Pokémon rindo dele.

— Vocês. São. Ridículos! Pessoal, vamos acabar com esses pequenos demônios! — Exclamou Ethan nervoso.
— Ethan, eu não posso ajudar! Meus Pokémon são do tipo Pedra, eu estou muito em desvantagem! — Disse Forrest.
— Eu topo... Primeape, vai! — Amy arremessou sua PokéBola.
— Certo, Rattata! Tá na hora de mostrar quem é que manda! — Joey liberou seu Pokémon que pousou no chão com vigor.
— Butterfree, vamos nessa! — Ethan exclamou ao Pokémon. — Sleep Powder!
— Rattata, Hyper Fang! — Ordenou Joey.
— Primeape, Scratch! — Disse Amy ao seu Pokémon.

Butterfree fez um voo rasante despejando um pó verde sobre os Pokémon que caíram adormecidos. Rattata e Primeape miraram em Quagsire que lutava para resistir ao sono.

Sucker Punch! — Exclamou Joey.

Rattata correu em direção a Quagsire e com uma de suas patas, desferiu um soco direto em seu rosto, fazendo sua coroa cair.

— PokéBola, vai! — Joey arremessou uma esfera.

A PokéBola atingiu a testa de Quagsire que foi sugado para dentro. A capsula caiu no chão e começou a se balançar violentamente. A abrupta parada anunciou o sucesso da captura.

— Pronto! Peguei o Quagsire! — Comemorou Joey.
— Caramba! Você pegou o líder deles! — Exclamou Ethan impressionado.
— Eu sou o melhor. Quero o melhor. — Gabou-se o rapaz.

Todos os Wooper estavam dormindo. Quando todos olharam para a saída, havia um Wooper encarando-os.

— Esse não é aquele Wooper que estava lá na margem? — Perguntou Amy.
— Certo... Agora é a minha vez! Butterfree, Confusion!

As pupilas de Butterfree desapareceram e um brilho ofuscante tomou lugar. Wooper começou a se contorcer e ficou tonto. Estava confuso. No entanto, conseguiu lançar um jato de água da boca, atingindo Butterfree. Era o Water Gun.

Sleep Powder!

Butterfree começou bater as asas e delas, um púrpuro pó verde começou a sair. Wooper caiu adormecido.

— PokéBola, vai! — Disse Ethan arremessando o objeto.

A capsula abriu ao encostar no dorminhoco Wooper. Sugando-o para dentro, o objeto começou a balançar diversas vezes até fazer um barulho alto. A captura tinha sido um sucesso.

— Mais um Pokémon! Wooper, eu te peguei! — Comemorou Ethan.
— Você está feliz por capturar um simples Wooper? Bem sua cara mesmo. — Zombou Joey.
— Eu ainda posso chutar sua bunda com esse Pokémon. — Retrucou Ethan.

***

Joey deu uma gargalhada.

— Que tal revivermos os velhos tempos? Vai, Quagsire!

O grande anfíbio azul vagarosamente encarou seu oponente. Por uma fração de segundos, os dois Pokémon relembraram seus momentos de súdito e majestade e, após um longo tempo, encontraram-se para um confronto que valeria mais para eles do que para seus treinadores.

— Wooper, Slam!
— Deixa não, Quagsire! Double Slap!

O pequenino correu na direção do oponente e saltou, pegando impulso com sua cauda. Wooper mirou na direção de Quagsire, que rebateu o golpe atingindo o rabo do Pokémon de Ethan com seu poderoso rabo, surpreendendo-o. Wooper virou no ar e Quagsire girou seu corpo 180° para atingir novamente o oponente com seu rabo, arremessando-o pelo ar.

— Wooper! — Exclamou Ethan.

O pequenino usou sua cauda para girar seu corpo no ar e pousar majestoso no chão. Ele já estava acostumado com os ataques de Quagsire. Afinal, ele havia sido seu mestre e seu líder na gangue.

— Quagsire, não o deixe tomar vantagem! Scald! — Ordenou Joey.
— Rebata com Mud Shot!

Um jato de água fervente saiu da boca de Quagsire enquanto bolas de lama eram atiradas de Wooper. Os dois ataques se confrontaram e se dissolveram no ar, tornando o piso do casco do navio altamente barrento e escorregadio. Joey sorriu.

— Wooper, vamos fazer um ataque direto. Water Gun, agora!

Wooper disparou um potente jato d’água na direção de Quagsire que nada fez. O ataque não pareceu surtir efeito algum.

— Você está lutando num campo em que eu tenho total controle, Ethan. Deixa eu mostrar como é que faz. —Joey sorria maliciosamente e deixava Ethan irritado. — Mud Bomb!

Aproveitando-se do piso enlameado, Quagsire formou uma grande bolha de lama e atirou-a em Wooper. A grande bola de lama deixou o pequeno atordoado.

Quagsire metralhava pedaços de lama na direção de Wooper, que nada podia fazer, já que era cada vez mais enterrado pela lama.

— Wooper! — Exclamou Ethan.

Era inútil. Wooper não tinha braços. Quanto mais mexia seu corpo para tentar se livrar do ataque, mais preso na lama ele ficava. Então, inconscientemente, ele passou a tornar-se maior. Seu corpo passou a emanar um forte brilho. Dois braços surgiram e as barbatanas em suas bochechas sumiram. Agora haviam dois Quagsire em campo, e o de Ethan se livrou da lama com um redemoinho de água que criou em sua cauda — era o Aqua Tail.

Wooper, você evoluiu... Que demais! — Ethan comemorava com vontade.
— Por essa eu não esperava... Quagsire, é melhor a gente não arriscar. Aqua Ring!

O Quagsire de Joey envolveu-se em um véu de água que visivelmente recuperou parte seus danos e curou seus machucados, deixando-o revitalizado.

Ethan assustou-se.

— Não acredito! Seu Quagsire está melhor que o meu!
— O melhor do combate é a estratégia. Scald!

O Pokémon de Joey lançou um poderoso jato de água quente na direção do Quagsire de Ethan, que tomou o golpe e sentiu o rosto queimar, balançando a cabeça em seguida para tentar se livrar da dor.

— Quagsire, Aqua Tail! — Ordenou Ethan.
— Use o Scald! — Disse Joey.

Os dois Pokémon lançaram os golpes simultaneamente. O Aqua Tail do Quagsire de Ethan atingiu o Scald do Quagsire de Joey e o partiu ao meio, atingindo seu rosto, deixando-o atordoado. Era visível o cansaço dos dois.

Ethan gritou “Slam!” ao mesmo tempo que Joey berrava “Mud Bomb!”.

O Quagsire de Ethan correu em direção ao oponente e, com uma investida, o derrubou no chão. O Quagsire de Joey, no entanto, atirou diversas bolas de lama no rosto do oponente, fazendo-o tampar o rosto para se proteger.

Scald! — Exclamou Joey.

O jato de água quente atingiu Quagsire em cheio que dessa vez, não conseguiu se manter de pé, caindo nocauteado.

Um silêncio tomou conta do local. Todos os espectadores estavam anestesiados pela batalha.

— A batalha foi rápida, mas o vencedor foi o Quagsire do participante Joey! — Anunciou Bob.

Ethan fechou os punhos com força. Decepcionado, recolheu Quagsire em silêncio e encarou a PokéBola.

Joey aproximou-se do rival.

— Ethan, está tudo bem?

O garoto o encarou com os olhos marejados. Ele se esforçava para não chorar.

— Tá tudo ótimo. Parabéns pela sua vitória, Joe! — O garoto estendeu a mão para o rival. Ao olhar para o lado, viu os olhos de Gabrielle o penetrarem profundamente.

Ethan se retirou dali em silêncio em direção às cabines do navio. Não ficaria para a premiação de Joey.

Amy e Forrest, do meio da multidão, seguiram o amigo.

***

— Seu próximo desafio será contra a Jasmine. Você não poderá vencê-la se continuar com esses pensamentos negativos. — Disse Amy.

A garota estava encostada em um dos armários do quarto com os braços cruzados. Olhava para Forrest, sentado no chão à sua frente, e para Ethan, que estava sentado na parte de baixo do beliche, olhando emburrado para a paisagem na janela.

— Eu nem sei mais. Eu tava tão convencido de que iria vencer... Eu não sei o que aconteceu... — Suspirou o garoto.
— Talvez a chave seja isso. Você se convencer de uma vitória antes de ela existir de fato. Veja suas batalhas de Ginásio, por exemplo... Você imerge na batalha e esquece do resto. Derrotas são necessárias. Analise seus erros e torne-os acertos na próxima batalha. — Comentou Forrest.

Ethan o olhou com uma expressão irônica.

— Você sempre tem essas frases filosóficas nessas horas. Depois me passa esse seu livro motivacional pra eu tacar ele longe.

Forrest ficou sem graça.

— Ah... Desculpa.

O apito do S.S. Aqua soava. A cidade de Olivine aproxima-se. Já entardecia e o céu alaranjado saudava novamente o navio.

Ethan mudou sua expressão.

— Olivine... Finalmente voltamos. Vou pegar a Flaaffy de volta e junto dela, minha sexta insígnia. — Disse o garoto sério.

Amy e Forrest se entreolharam. A garota dirigiu-se até a janela.

— Espero que com esse remédio, Amphy fique bem. — Suspirou preocupada.

Após encontros, derrotas e despedidas, Ethan, Amy e Forrest aproximam-se de novo da Cidade de Olivine com o objetivo agora de entregar o remédio para a plena recuperação do Ampharos de Jasmine, que vive no topo do Farol Cintilante, que está muito doente. A corrida agora é contra o tempo.



TO BE CONTINUED...


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