Archive for February 2016

Notas do Autor (Capítulo 12)



"Todo santo capítulo de Aventuras em Johto é favorito do Dento?". Não. Ok, quase todos. Mas esse, supera todos. É talvez o capítulo mais brisado que eu já tenha escrito. Ok, um dos. O capítulo 17 supera. Mas okay.


WOOPER ENTRA PARA A EQUIPE! Depois de fazer o Ethan de trouxa. Até parece o anime, né? kkkk

Joey tá de volta! Eu disse que ele ia voltar. Não se preocupem, fãs. Capítulo que vem, ele tá de volta.

Fãs da Lyra, ela aparece em Goldenrod.

Ah, sim. A tão esperada batalha entre Ethan e Whitney está chegando. Eu acho que todos nós temos um pequeno grande problema com ela, porque muita gente tá ansiosa pra saber como diachos eu escrevi a batalha entre os dois. Nunca antes na história desse blog que começou há onze semanas, um capítulo foi tão aguardado. Eu espero satisfazer esses desejos masoquistas que vocês devem ter com a Whitney. Sério. Ela espanca vocês, vocês choram, mas ainda querem ver ela batendo nos outros. 

Crianças, bullying é crime.

Como nas Notas do Autor passadas, eu relembro que Pokémon faz 20 anos amanhã (27/02). Semana que vem (porque eu sinceramente acho que não fica pronto no Domingo), eu trago pra vocês uma matéria sobre o evento que vai ter em São Paulo, organizado pela N-Party. Vai ter episódio especial e tudo! Pra quem não puder ir, ou é de outra cidade, essa cobertura especial do AeJ vai matar um pouco da curiosidade de vocês. Vocês não vão perder, né? 

Uma curiosidade: Com esse capítulo, nós já estamos na metade da primeira temporada, Coração de Ouro (Dento, você é genial para criar nomes de temporadas. Não me julgue. O Canas Ominous fez o mesmo em Sinnoh). Essa fase vai terminar em Maio, no Capítulo 25. Tá passando tão rápido... ;---;. Até lá, o que será que Ethan vai aprontar? E quanto à Equipe Rocket? Bem, não vai ter graça se eu contar, então, é bom que vocês se mantenham plugados na história!

Se nada der errado, semana que vem a gente volta aí, na atividade, com mais capítulos de Johto pra vocês. =]

See ya!

Capítulo 12



Ethan, Amy e Forrest aproximavam-se de uma espécie de casinha de madeira no meio do bosque. Ela era toda talhada a mão e havia uma placa.

— O que é isso? — Perguntou Forrest.
— “Esse santuário foi construído em homenagem ao Guardião da Floresta Ilex: Celebi”. — Leu Ethan.
— “Celebi...”? — Questionou-se Amy atenta.
— Hey! Eu já ouvi falar nesse santuário! Minha mãe me contou uma história sobre ele... Muitas pessoas dizem que o santuário é um símbolo de boa sorte e afasta os maus espíritos da floresta. Outras dizem que o santuário está ligado ao Lendário Pokémon, Celebi, e que este vive no interior do santuário da floresta, como um guardião da floresta. — Disse Ethan.

A bolsa de Amy soltou um estampido. Segundos depois, uma forte luz branca emanou dela e a PokéBola GS começou a flutuar de dentro da bolsa.

— Celebi! — A voz de um Pokémon ecoava forte pela floresta.

Os garotos sentiram os pés saírem do chão. Eles foram cercados por uma luz verde-oliva e então tudo desapareceu.

Ao retomarem os sentidos, encontravam-se em algum lugar que não sabiam exatamente onde era. Viram homens de preto saírem de uma torre que começava a pegar fogo. No céu, dois Pokémon enfrentavam-se furiosos.

— Onde estamos? O que aconteceu?! — Berrou Ethan para Amy e Forrest.
— Eu não sei! Há um segundo estávamos na Floresta Ilex! — Disse Forrest.

Amy olhava vidrada para o céu. A boca aberta e o corpo duro emitiam o pavor que ela estava sentindo.

— N... Não pode ser... — Murmurava.
— Quem são aqueles Pokémon? — Ethan perguntou. — Acho que já os vi em algum lugar!
— Eu nunca vi aqueles Pokémon antes! — Disse Forrest.

Ethan tentava lembrar de onde já tinha visto aqueles gigantes. Memórias vinham em sua cabeça, mas nada esclarecia sua dúvida.

Um dos raios de poder que saíra da boca de um dos Pokémon — Um branco com a barriga azul — veio em direção aos garotos. Ethan sentiu um Pokémon escapar de uma de suas PokéBolas e uma mancha azul pular na sua frente.

O Aeroblast atingiu o chão e então tudo desapareceu novamente.

Amy acordara do sonho totalmente suada e com a mente confusa. A brisa da noite calma na Rota 34 bagunçava seus cabelos enquanto seus olhos assustados refletiam o céu estrelado. Haviam se passado dois dias desde os eventos na Floresta Ilex e ela estava tendo sempre o mesmo sonho. Não entendia o motivo de Lugia e Ho-Oh estarem neles e nem o que havia acontecido direito. Ela sabia que Ethan e Forrest não tinham ciência de tais Pokémon e nem sabiam quem eram eles, muito menos que envolviam o atual plano da Equipe Rocket.

— Você está bem, Amy? — A voz de Ethan soou baixinho, assustando Amy.
— Estou... Só não consigo dormir. — Respondeu a garota.
— Precisa de alguma coisa? Quer que eu faça alguma coisa? — Perguntou Ethan.
— Não, eu tô bem. Vou tentar voltar a dormir... Obrigada.
— Disponha.

Enquanto os dois voltavam a se arrumar, Forrest permanecia quieto, ouvindo tudo, enquanto esperava o sono chegar.

***

Os pios de Ledyba anunciavam a chegada de um novo dia, mas a principal motivação de Ethan de sair do colchão inflável era sua barriga que não parava de roncar alto.

— Que fome... — Resmungou o rapaz baixinho.
— Bom dia pra você também, flor do dia. — Disse Forrest em tom irônico.

Ethan e Forrest olharam para Amy que não tinha dito nenhuma palavra até aquele momento.

— Tá tudo bem? — Perguntou Ethan à garota que focava o nada.
— Hã? Ah, tá sim. Bom dia. — Disse Amy voltando à realidade.
— Você tá bem mesmo? — Forrest aproximou-se e sentou do lado da amiga.
— Tô sim. Só ando tendo pesadelos...
— Se você precisar conversar sobre qualquer coisa, pode falar com a gente. — Disse Forrest.
— Isso mesmo. Somos amigos e eu acho que devemos fazer o possível pra te ajudar. — Complementou Ethan.

Amy sorriu.

— Obrigada, meninos.
— Bom dia, pessoal! — Uma voz conhecida e enérgica fez o grupo olhar para ver quem chegara.
— Joey?! — Exclamou Ethan.
— Há quanto tempo, não é mesmo? — Perguntou o garoto.
— O que faz aqui?
— Vou para Azalea conseguir minha terceira insígnia.
— Terceira insígnia?! Caraca, eu só tenho duas!
— E a gente não tem nenhuma. — Interferiu Amy.

Joey encarou Forrest e Amy por uns segundos até Ethan quebrar o silêncio.

— Joey, estes são meus amigos, Forrest e Amy. Forrest e Amy, este é meu amigo Joey, o treinador com o Rattata mais forte do mundo.
— Prazer em conhecê-los. — Cumprimentou Joey sem tirar os olhos de Amy.

Ethan começou a sentir um desconforto no estômago ao reparar na encarada de Joey. E isso não tinha nada a ver com a fome.

— Eh, Joey... Preciso da minha revanche. Eu melhorei pra caramba e tenho uns Pokémon excelentes em minha equipe. O que acha? — Disse o garoto falando mais alto do que deveria.
— Hein? O quê? Ah, tá. Vamos sim. Aceito o desafio. — Respondeu Joey demorando outros segundos para desviar o olhar de Amy, que estava começando a ficar incomodada.

Ethan voltou ao lugar onde havia deixado sua mochila na noite anterior. Passara duas horas lavando e enxaguando o boné tentando tirar o cocô de Farfetch’d impregnado nele. Ao perceber que estava seco e limpo, o colocou na cabeça, virando-o ao contrário como era de costume. Ele e Joey então se afastaram consideravelmente e sacaram suas PokéBolas. Forrest se prontificou para narrar a batalha, mas Ethan negou a ajuda.

— Não precisa, Forrest. A batalha será de um contra um. Tudo bem pra você?
— Tá tudo certo. Não vou precisar de muito pra acabar com isso. Rattata, é com você. — Joey arremessou sua PokéBola para a frente e liberou o rato roxo.
— Eu sabia que você ia chama-lo. Eu tava doido pra testar esse Pokémon aqui... Wobbuffet, é com você! — Ethan liberou seu Pokémon bolha azul que ficou estático em sua frente, batendo continência ao treinador.

Joey começou a rir incontrolavelmente.

— TÁ ME ZOANDO? UM WOBBUFFET? MESMO? — As lágrimas escorriam e o garoto se contorcia de rir.
— Vamos começar logo com isso! — Disse Ethan.
— Cara, isso vai ser rápido... Rattata, Hyper Fang!
— Wobbuffet, Counter!

Rattata correu para a frente e suas presas cresceram por um instante. Wobbuffet criou uma aura avermelhada ao redor de seu corpo e continuou imóvel. Rattata chegou atingindo o alvo em cheio. No entanto, um impacto o arremessou para longe, fazendo-o bater em uma das árvores perto do local.

— Mas o quê?! — Exclamou Joey assustado.
— Wobbuffet é uma máquina mortífera de defesa! Um tanque de guerra! Eu estudei sobre ele na PokéAgenda e descobri que ele pode se defender e ainda causar o dobro do dano no oponente! Meu Pokémon é fantástico! Hahaha! — Disse Ethan alterando levemente a altura da voz a cada palavra pronunciada.
— Tch. Não vamos deixar barato, Rattata! Você é o Pokémon mais forte de todos os Rattata! Chute o traseiro dele com o Quick Attack! — Exclamou Joey para seu Pokémon que rapidamente correu para o campo de batalha improvisado novamente.

Rattata era muito rápido e atingiu Wobbuffet sem que este tivesse tempo de reagir.

— Droga! Vamos, Wobbuffet! Vamos acabar com ele! — Gritou Ethan para o Pokémon que continuava batendo continência ao treinador e mantendo sempre a mesma expressão abobalhada.
— Rattata, use o Sucker Punch!

Rattata voou pra cima de o Wobbuffet causando-lhe um ataque super-efetivo que lhe atordoou por uns instantes.

— Wobbuffet! — Exclamou Ethan.
— Desiste, Ethan. Você não vai ganhar essa. Hahaha!

Um barulho de algo pesado caindo no chão foi ouvido. Ao olharem para trás, os garotos viram as mochilas caídas e a de Ethan se mexendo.

— Ei! Por que a minha mochila tá se movendo?! — Exclamou o garoto assustado.
— E eu é que sei? — Respondeu Joey com a mesma expressão na voz.

Ethan saiu correndo e, ao se aproximar, viu um estranho Pokémon azul, anfíbio, sem braços, com a cabeça maior que o corpo e o que parecia ser guelras rosadas que saiam de suas bochechas. Três manchas azuis escuras preenchiam sua barriga enquanto sua calda longa e espessa parecia servir de nadadeira. Ethan e Joey sacaram suas PokéAgendas.



— “Wooper, um Pokémon Peixe Aquático. Este Pokémon vive em águas frias. Ele deixa a água para buscar alimento quando fica frio em terra. Quando anda por aí no chão, ele cobre seu corpo com uma película grudenta e venenosa”. — Informou o dispositivo.
— Um Pokémon do Tipo Água/Terra... Uma ótima combinação. — Disse Ethan curioso.

Wooper fez uma cara de curioso. Sem ao menos ninguém esperar, o Pokémon atirou pedaços de lama em todos ali presentes.

— Essa não, é o Mud Shot! — Exclamou Forrest tentando cobrir a face.
— Essa coisa vai acabar com a minha maquiagem! — Reclamou Amy virando-se de costas tentando proteger seu rosto.

O Pokémon então saiu correndo deixando todos para trás, atordoados.

Demorou uns dez minutos para que eles se recuperassem. Ethan revirava a mochila tentando ver se tinha sumido alguma coisa.

— Cara, eu nunca levo comida dentro da minha mochila, fica sempre com o Forrest. Por que será que justo a minha tem que ser roubada por um Pokémon selvagem? — Ethan se perguntava.
— Pokémon selvagem é um perigo, cara! Fica sempre atento. — Aconselhou Joey.
— E só agora que tu me avisa?! — Retrucou Ethan bravo.
— Você tem certeza de que tudo está aí dentro? — Perguntou Amy se aproximando.
— Sim. PokéBolas, roupas de baixo, meias, minha caixa de insígnias, meu liv... MINHA CAIXA DE INSÍGNIAS! CADÊ?! — Ethan exclamou de repente, tirando tudo de dentro da mochila.
— Cara, não tá nos outros bolsos? — Perguntou Joey.
— Não! Eu sempre guardo dentro da mochila justamente pra eu não perder!

Após alguns instantes pensando, Forrest deu a resposta mais lógica e óbvia daquele momento:

— E se o Wooper roubou suas insígnias? — Disse em voz calma.

Um silêncio pairou sobre o local. Ethan começou a ficar vermelho de raiva e deu um berro que fez os Pokémon selvagens que estavam perto dali voarem e fugirem para longe.

— BUTTERFREE! VÁ ATRÁS DAQUELE PEQUENO POKÉMON MALDITO E ME FALA ONDE ESTÃO AS MINHAS INSÍGNIAS! EU NÃO RALEI ATÉ AGORA PRA SER FEITO DE IDIOTA POR UM POKÉMON ESTÚPIDO! — Ethan berrava enquanto liberava seu Pokémon. Ao identificar, com ajuda de Joey — que mostrara sua PokéAgenda — o alvo, Butterfree decolou por sobre a copa das árvores em busca do Pokémon ladrão.

***

Wooper caminhava tranquilamente por entre as árvores do bosque na Rota 34. Com a caixa de Insígnias de Ethan na boca, o pequeno Pokémon se dirigia para dentro da mata nativa. Seus passos leves quase não faziam barulho na travessia. Ao aproximar-se de um lago, colocou a caixinha no chão.

Woo-pah? — Chamou o Pokémon.

Do meio das águas, surgiu um Pokémon. Tinha pouco pescoço para dividir sua grande cabeça do resto do corpo. Tinha uma boca larga e minúscula e olhos negros. Tinha em suas costas uma listra roxa e ondulada. Ao longo da sua coluna vertebral havia uma barbatana azul escura. As mãos e pés tinham três dedos e sua pele era viscosa e escorregadia.



Quagsire encarava o pequeno Wooper com um leve desdém. O pequeno se aproximou da margem do lago e depositou cuidadosamente a caixa de Ethan na margem.

Quaaaaaag... Sire? — Quagsire questionou Wooper com um tom de ironia.
Woop-woopa! — Wooper o respondeu com veemência.
Quag-quag! — Exclamou Quagsire.

Outros Wooper começaram a brotar de dentro do lago, cercando Quagsire e dirigindo-se a borda do lago. Um dos Wooper abriu a caixa de Insígnias e conferiu se tais objetos eram brilhantes o suficiente para o rei.

Quagsire se aproximou e avaliou ele mesmo as duas Insígnias de Ethan. O sol fazia as duas brilharem como diamantes. Quagsire encheu os olhos e fechou a caixa. O Pokémon então mergulhou e todos o exército de Wooper selvagem seguiu-o.

Butterfree, do céu, viu as insígnias de seu treinador sendo avaliadas por aqueles Pokémon selvagens. Deu meia-volta e foi encontrar-se com o grupo de humanos.

***

Correndo por dentro do bosque da Rota 34, não demorou muito para que Ethan visualizasse seu Pokémon retornando para ele.

— E então? Você conseguiu achar aquele Pokémon ladrãozinho? — Questionou Ethan, vendo Butterfree acenar com a cabeça.

O grupo correu a mata seguindo Butterfree que os levou até a margem do lago onde havia anteriormente a concentração dos Pokémon aquáticos selvagens. Estava vazio.

— Butterfree, você tem certeza de que é aqui? — Perguntou Ethan ao Pokémon que assentiu com a cabeça.
— Onde está ele? — Perguntou Joey.
— Eu não sei, mas se Butterfree disse que está aqui, eu vou confiar. — Disse Ethan.
— Ethan, olha ali, do outro lado da margem! — Exclamou Forrest apontando.

Um Wooper encarava os quatro jovens com um olhar inocente do outro lado do lago. Ethan pulou na água e começou a nadar em direção ao Wooper que apenas observava. Quando Ethan estava chegando próximo da outra margem, o pequeno Pokémon azul, lançou um jato de água de sua pequena boca, fazendo Ethan engolir água e perder o controle da respiração.

Butterfree veio como um jato e lançou uma ventania em direção a Wooper, que foi arremessado para trás e bateu a cabeça em uma árvore, caindo nocauteado.

Butterfree veio ao encontro de seu Treinador, auxiliando-o a sair da água.

— Obrigado, Butterfree... — Disse Ethan respirando profundamente enquanto seus amigos chegavam em cima de um Pidgeot.
— A carruagem chegou! — Exclamou Amy com um sorriso.
— Caraca! Um Pidgeot de verdade! — Exclamou Ethan apontando a PokéAgenda.



— “Pidgeot, um Pokémon Pássaro. Seus músculos peitorais bem desenvolvidos torna-o forte o suficiente para preparar uma tempestade de vento destruidora apenas batendo suas asas. Ele se espalha suas belas asas largas para assustar seus inimigos. Ele pode voar duas vezes mais rápido que a velocidade do som”. Informou o dispositivo.
— Esse Pokémon é fantástico! — Exclamou Ethan.
— Peguei ele em minhas aventuras em Kanto... Hehe. — Disse Amy.
— Você nunca falou pra gente sobre suas aventuras lá. — Comentou Forrest.
— Não tenho muito o que contar. Vamos atrás do Wooper ladrão ou não? — Perguntou Amy fugindo do assunto.
— Tudo bem. Vamos nessa. — Disse Ethan correndo para dentro do bosque.

Uma bela cachoeira recebeu os garotos que se surpreenderam ao ver um número grande de Wooper selvagens que habitava ali. Eles pareciam reverenciar um Pokémon maior que estava sentado em uma espécie de trono feito com objetos brilhantes. Ethan exclamou alto quando viu suas duas insígnias na coroa de Quagsire.

— Que Pokémon é aquele? — Questionou Ethan enquanto sacava a PokéAgenda.
— “Quagsire, um Pokémon Peixe Aquático. É a forma evoluída de Wooper. Este despreocupado Pokémon tem uma natureza fácil de lidar. Devido à sua atitude relaxada e despreocupada, muitas vezes esbarra a cabeça em pedregulhos e cascos de barcos enquanto nada.” — Informou o dispositivo.
Siiiiiiiire! — Quagsire gritou de repente e apontou para os humanos. O enorme grupo de Wooper colocou-se na frente de seu rei, pronto para atacar.

Ethan deu um passo à frente e apontou para Quagsire.

— Essas duas coisas aí na sua coroa idiota são minhas insígnias! Eu dei um duro danado pra conseguir elas e não vou aceitar que nenhum Pokémon idiota roube elas de mim!

Quagsire voltou a gritar e os Wooper soltaram um jato d’água de suas bocas minúsculas. O poderoso ataque em grupo derrubou a todos no chão. Ethan se irritou a ver todos os Pokémon rindo dele.

— Vocês. São. Ridículos! Pessoal, vamos acabar com esses pequenos demônios! — Exclamou Ethan nervoso.
— Ethan, eu não posso ajudar! Meus Pokémon são do tipo Pedra, eu estou muito em desvantagem! — Disse Forrest.
— Eu topo... Primeape, vai! — Amy arremessou sua PokéBola.




— “Primeape, um Pokémon Porco Macaco. É a forma evoluída do Mankey Se for incomodado durante o sono, pode despertar raiva e caçar a vítma em um estado de sonambulismo. Torna-se descontroladamente furioso se ele sente alguém o encarando.” — Informou a PokéAgenda.
— Sinistro. — Disse Ethan com medo de encarar o Pokémon de Amy.
— Certo, Rattata! Tá na hora de mostrar quem é que manda! — Joey liberou seu Pokémon que pousou no chão com vigor.
— Butterfree, vamos nessa! — Ethan exclamou ao Pokémon. — Sleep Powder!
— Rattata, Hyper Fang! — Ordenou Joey.
— Primeape, Scratch! — Disse Amy ao seu Pokémon.

Butterfree fez um voo rasante despejando um pó verde sobre os Pokémon que caíram adormecidos. Rattata e Primeape miraram em Quagsire que lutava para resistir ao sono.

Sucker Punch! — Exclamou Joey.

Rattata correu em direção a Quagsire e com uma de suas patas, desferiu um soco direto em seu rosto, fazendo sua coroa cair.

— PokéBola, vai! — Joey arremessou uma esfera.

A PokéBola atingiu a testa de Quagsire que foi sugado para dentro. A capsula caiu no chão e começou a se balançar violentamente. A abrupta parada anunciou o sucesso da captura.

— Pronto! Peguei o Quagsire! — Comemorou Joey.
— Caramba! Você pegou o líder deles! — Exclamou Ethan impressionado.
— Eu sou o melhor. Quero o melhor. — Gabou-se o rapaz.

Todos os Wooper estavam dormindo. Quando os garotos olharam para a saída, havia um Wooper encarando-os.

— Esse não é aquele Wooper que estava lá na margem? — Perguntou Amy.
— Certo... Agora é a minha vez! Butterfree, Confusion!

As pupilas de Butterfree desapareceram e um brilho ofuscante tomou lugar. Wooper começou a se contorcer e ficou tonto. Estava confuso. No entanto, conseguiu lançar um jato de água da boca, atingindo Butterfree. Era o Water Gun.

Sleep Powder!

Butterfree começou bater as asas e delas, um púrpuro pó verde começou a sair. Wooper caiu adormecido.

— PokéBola, vai! — Disse Ethan arremessando o objeto.

A capsula abriu ao encostar no dorminhoco Wooper. Sugando-o para dentro, o objeto começou a balançar diversas vezes até fazer um barulho alto. A captura tinha sido um sucesso.

— Mais um Pokémon! Wooper, eu te peguei! — Comemorou Ethan.
— Você está feliz por capturar um simples Wooper? Bem sua cara mesmo. — Zombou Joey.
— Eu ainda posso chutar sua bunda com esse Pokémon. — Retrucou Ethan.
— Vamos sair daqui antes que eles acordem. — Sugeriu Forrest.
— Eu preciso refazer a minha maquiagem... — Disse Amy com evidente tristeza no olhar.

Ethan aproximou-se cautelosamente do trono de Quagsire e procurou por sua coroa. Retirou suas insígnias e localizou a caixa próximo de um dos Wooper adormecidos. Ao reparar no trono, viu muitos objetos brilhantes, como joias, moedas, tampas de garrafa e outras insígnias.

— Esse Quagsire era mesmo um Pokémon egocêntrico... — Comentou Ethan.
— Por quê? — Perguntou Amy.
— Esse trono dele é feito com objetos roubados. Muita coisa brilhante... Acho que talvez os humanos começaram a corromper os Pokémon...

Houve um momento de reflexão. Joey aproximou-se de Ethan.

— Esquenta não, cara. A gente nunca vai fazer isso.
— Eu espero mesmo...

***

Ao retornarem para a Rota 34, os garotos se despediram.

— Estou indo para Azalea. Minha vez de enfrentar Bugsy! — Exclamou Joey.
— Eu sei que você vai conseguir. Seu Rattata é incrível. — Sorriu Ethan.
— Eu recomendo que vocês rumem para Goldenrod, a cidade no fim dessa rota. Lá tem um Ginásio e um Centro Pokémon. Acho que vocês merecem descansar depois de tudo isso. — Disse Joey apontando para o oeste.
— Um Ginásio? Mal posso esperar para conseguir minha terceira insígnia! — Disse Ethan com um sorriso.
— Não vai ser tão fácil assim... Eu não consegui passar pelo Ginásio da Whitney. — Disse Joey sério.
— O quê?! — Exclamou Ethan.
— Eu fui totalmente humilhado lá... Eu te desejo boa sorte.
— Eu vou conseguir a insígnia dela e vou jogar na sua cara que você é um derrotado! Hahaha. — Zombou Ethan.
— Veremos. — Disse Joey com um sorriso apertando a mão do rival.

Após recuperar suas insígnias e capturar um novo Pokémon, Ethan segue para a Cidade de Goldenrod juntamente com seus amigos, Amy e Forrest. Joey também segue seus objetivos com Rattata e os dois sabem que, no futuro, travarão batalhas fantásticas. Enquanto isso não acontece, os dois se fortalecem do jeito que podem, unindo forças com seus Pokémon e encarando novos desafios.



TO BE CONTINUED...






Notas do Autor (Capítulo 11 + Crônica da Amy)



Semana da Amy! No capítulo 10, ela foi o foco. No 11, Celebi surge da bolsa dela. E também tem o especial dessa semana, um capítulo dedicado à ela. Ela se destaca, né? kkk

A Amy teve alguns problemas na infância, não é mesmo? (Ok, teve muitos). O engraçado é que ela não seria o tema dessa crônica. Mas, um dia antes da postagem, eu levantei de madrugada, liguei o PC e escrevi tudo em menos de uma hora. Esse tipo de inspiração não vem todo dia. Então, sim, acabou sendo coincidência eu postar a crônica dela entre dois episódios em que ela acaba sendo a protagonista. Mas eu sempre digo que não existem coincidências... Então eu acho que não foi coincidência. XD

Durante a crônica da Amy, eu acabei dando Ctrl + C e Ctrl + V em alguns trechos. Esses trechos são de capítulos futuros da história. Se vocês prestarem atenção, verão que propositalmente eu coloquei algumas pontas soltas... Elas ficarão bem mais claras em um futuro não tão distante. Celebi que não tarde em nos levar até lá.

Falando em Celebi, ele resolveu dar as caras na Floresta Ilex. Resta saber se a aparição de Lugia e Ho-Oh se deu no passado ou no futuro... Ele não deixou claro. Afinal, só o susto que a Amy levou, desviou toda a atenção da data em que eles foram parar.

Mas não se preocupem, mais viagens no tempo acontecerão. A próxima, vai ser bombástica. =O

ETHAN GANHOU UM WOBBUFFET!!! (muito destaque aqui, senhoras e senhores). Meu Pokémon favorito. O soberano. A máquina mortífera. Sim, eu acho esse Pokémon incrível. Vocês podem pensar "af, o Dento botou um Pokémon inútil só pra causar". SIM, VOCÊS ESTÃO CERTOS. Mas eu sou louco, então, não sei como vocês ainda se surpreendem.
E é claro que o presente tinha que ser do fã-clube, né? Tem gente que ainda me pergunta o motivo do Ethan ter um fã-clube. E a resposta é a mesma: Eu não sei. Mas creio que derrotar uma torre cheia de Bellsprout sozinho (ok, ele fugiu e o Forrest é quem realmente finalizou as plantinhas, lembram-se? Se não, é só conferir lá no Capítulo 5). Katherine e sua trupe são velhinhos bem simpáticos. Exceto quando são chamados de avôs, porque isso aí já é forçar a amizade.

Joey volta no próximo capítulo. E é um dos meus favoritos.


Essa semana (mais precisamente no Sábado, 27/02), a franquia Pokémon comemora 20 anos do lançamento de Pokémon Red e Green no Japão. Para comemorar, haverá um evento na Liberdade, Centro da Cidade de São Paulo, o Pokémon Party Day (clique aqui e aqui pra saber mais), no dia 27. Eu tentarei ir e fazer uma matéria bacana pra vocês aqui do blog (isso se eu conseguir a pulseirinha pra entrar, né?). Já coloquei a Lyra e o Joey de plantão para cobrir o evento... Espero que eles não arrumem confusão.

Bem, acho que é só. A gente se tromba por aí! =D

See ya!



Capítulo 11



Não sabendo da batalha entre Amy, Red e a Equipe Rocket que acontecera anteriormente, Ethan e Forrest rumam à Cidade de Goldenrod. O Sol estava se pondo, e alguns Pokémon ainda caminhavam pelas árvores.

— Está ficando tarde. Vamos passar a noite aqui? — Ethan perguntou.
— Ah, cara, sei lá. Eu comprei Repelente no PokéMart de Azalea. Acho que podemos passar a noite sem problemas.
— Repelentes não assustam grandes Ursaring famintos. MUAHAHAHA! — Amy sorria maleficamente.
— Para com isso, Amy. Você é uma garota, mas é assustadora! Se todas fossem como você, o mundo tava perdido. — Disse Ethan meio assustado.

Amy desferiu um soco na cabeça de Ethan.

— Se o mundo tivesse mais garotas que nem eu, tenho certeza de que não teriam idiotas que nem você nele, moleque. — Disse Amy indignada.
—... Ai. — Ethan lacrimejava de dor.
— Quem com a Amy fere, com a Amy será ferido. — Disse Forrest.
—... Calado. — Disse Ethan.
— Ethan? — Chamou uma voz fraca.

Ao virarem para trás, os garotos deram de cara com os velhinhos do fã clube de Ethan.

— Olá, vovôs! —Sorriu Ethan.

Um dos velhinhos jogou a bengala na cara de Ethan que caiu para trás com o impacto.

— Não somos velhos para sermos chamados de avós! — Reclamou.
— Ai... Mais uma porrada e eu acho que morro. — Disse Ethan lacrimejando novamente de dor.

Katherine avançou à frente.

— Nós não conseguimos chegar a tempo de ver sua batalha no Ginásio de Azalea porque estávamos procurando um presente pra você. — A velhinha estendeu uma PokéBola. — E aqui está.

Ethan pegou a PokéBola.

— Não precisava... — Disse sem graça.
— Somos do seu fã clube. E um presente não vai fazer mal.

Ethan lançou a PokéBola no ar. Dela, saiu um Pokémon estranho e azul. Batia continência.


— “Wobbuffet, um Pokémon Paciente. Ele odeia a luz e choques. Se for atacado, ele infla seu corpo para bombear o seu contra-ataque. Para manter sua cauda escura escondida, vive tranquilamente na escuridão. Nunca ataca primeiro”. — Registrou a PokéAgenda de Ethan.

— Que Pokémon interessante! Obrigado. — Agradeceu Ethan.
— Estaremos aguardando vocês no Ginásio de Goldenrod. E esperamos que você ganhe a insígnia, Ethan. — Disse Katherine.
— Ah... Obrigado. Vejo vocês lá. — Disse Ethan se despedindo voltando a caminhar pela floresta.

Após um bom tempo de caminhada, Amy resolveu falar.

— Cara, você tem um fã-clube? Como assim?
— É porque eu sou um treinador esplêndido. — Disse Ethan se gabando.
— Só que não. Você tem apenas quatro Pokémon consigo. Na boa? Um treinador melhor que você teria no mínimo uns 10 nessa altura do campeonato. — Disse Amy.
— Eu posso pegar quantos Pokémon eu quiser. Sou um ótimo treinador. Posso fazer isso. — Disse Ethan.
— Aham. Sei. — Disse Amy.
— Ah, é? — Ethan começou a procurar pelos lados. Assim que viu um Pokémon, sacou a PokéAgenda.



— “Farfetch’d, um Pokémon Pato Selvagem. Se alguém tenta perturbar o lugar onde os caules da planta essencial para ele crescem, ele usa o seu próprio caule para espantá-lo. Se por algum motivo ele comer o caule que carrega em algum momento de emergência, ele sai em busca de um novo caule”. — Registrou a PokéDex de Ethan.
— Farfetch’d? Parece interessante... Quilava, Ember! — Ethan sacou sua PokéBola e arremessou seu Pokémon no chão barrento da floresta. Quilava fez brasas saírem de sua boca e pegarem Farfetch’d desprevenido, que caiu no chão desmaiado.

— Vai, PokéBola! — Ethan arremessou uma PokéBola vazia em Farfetch’d.

A PokéBola encostou em Farfetch’d, mas não abriu. Ethan olhou sem entender.

— Ué? Mas a PokéBola tava vazia...
— Se ela não abriu, significa que... — Disse Forrest.
— FARFETCH’D!!! — Gritou uma voz.

Um lenhador barbudo saiu correndo com as mãos na cabeça desesperado. Olhou para Amy, Ethan e Forrest com um olhar de fúria. Apontou e começou a gritar.

— LADRÕES!!!!
— Ladrões? Onde? Cadê? — Ethan assustou-se e começou a olhar aos arredores para procurar os ladrões sem perceber que, na verdade, um dos “ladrões” para quem o lenhador gritava e apontava era ele próprio.

Com a gritaria, outros três Farfetch’d saíram de trás do grande homem e começaram a voar desesperados em direções diferentes da Floresta Ilex.

— Farfetch’d! Voltem aqui! — Exclamava o lenhador.

Amy e Forrest entreolhavam-se enquanto Ethan ainda procurava desesperado os tais ladrões.

— Minha nossa... O que será de mim sem meus Farfetch’d?! — O lenhador virou-se zangado para os garotos. — A culpa é de vocês! Se não tivessem tentado roubar um dos meus Farfetch’d, isso não teria acontecido! VÃO PROCURÁ-LOS AGORA!

Os três garotos assustaram-se.

— Como assim? Você quer que a gente vá procura-los?! — Exclamou Amy.
— A gente não roubou Pokémon nenhum! Acontece que o idiota aí não sabia que o Farfetch’d tinha treinador. — Justificou Forrest.
— Hey! — Exclamou Ethan bravo para o moreno.
— Não interessa! Ou vocês vão, ou eu vou chamar a policia! — Disse o lenhador entregando três PokéBolas para os garotos. — Agora andem, andem, andem!

Ethan, Amy e Forrest começaram a correr do lenhador. Não havia escolha se não procurar os três Farfetch’d.

— Olha só o que você fez a gente passar, idiota! — Amy xingava Ethan.
— Desculpa. Da próxima vez eu saio perguntando para os Pokémon se eles tem dono. Não, pera... Pokémon não fala! — Retrucou Ethan.
— Não vamos brigar, ok? Temos três Pokémon para procurar e não fazemos a mínima ideia de onde começar... — Disse Forrest.
— Olha lá! — Ethan exclamou de repente.

Em uma das árvores, jazia um Farfetch’d. Ethan rapidamente lançou uma PokéBola. Sucesso.

— Hahah! Que fácil! Vamos conseguir os outros rapidinho dessa forma! — Bradou o garoto.

Sua voz ecoou por todos os cantos. Um estampido alto fez os garotos se assustarem. Um barulho forte começou a ser produzido. Um mar de nuvens amarelas se aproximava de todos os lados.

— Mas o que é isso?! — Exclamou Amy.
— Ferrou, gente! É um enxame de Beedrill selvagem! — Gritou Forrest.
— Corram! — Alertou Ethan.

O enxame seguia os adolescentes por todos os lados. Não havia por onde se esconder. A única alternativa que restava era enfrenta-lo.

— Vai, Quilava! Butterfree! Ajudem-nos! — Pediu Ethan sacando duas PokéBolas.

Os dois Pokémon saíram e correram em direção ao enxame. Quilava enrolou-se em seu corpo e enquanto deslizava pelo chão, encobriu-se com as próprias chamas. Butterfree sobrevoava os Beedrill e batia fortemente suas asas enquanto emanava um brilho púrpuro delas.

Flame Wheel  e Sleep Powder... — Lia Ethan na PokéAgenda.
— Novos ataques? — Perguntou Amy.

O enxame de Beedrill começou a cair, ora porque estava queimado, ora porque estavam dormindo. Ethan retornou seus Pokémon e Forrest exclamou alto.

— Olhem lá!

Mais um dos Farfetch’d estava perto. Dormindo por entre o enxame de Beedrill. Forrest o retornou para a PokéBola.

— Resta um. — Disse Amy.

Voltando a caminhar pela floresta procurando pelo Farfetch’d restante, Ethan, Amy e Forrest aproximavam-se de uma espécie de casinha de madeira no meio do bosque. Ela era toda talhada a mão e havia uma placa.



— O que é isso? — Perguntou Forrest.
— “Esse santuário foi construído em homenagem ao Guardião da Floresta Ilex: Celebi”. — Leu Ethan.
— “Celebi...”? — Questionou-se Amy atenta.
— Hey! Eu já ouvi falar nesse santuário! Minha mãe me contou uma história sobre ele... Muitas pessoas dizem que o santuário é um símbolo de boa sorte e afasta os maus espíritos da floresta. Outras dizem que o santuário está ligado ao Lendário Pokémon, Celebi, e que este vive no interior do santuário da floresta, como um guardião da floresta. — Disse Ethan.

A bolsa de Amy soltou um estampido. Segundos depois, uma forte luz branca emanou dela e a PokéBola GS começou a flutuar de dentro da bolsa.

Celebi! — A voz de um Pokémon ecoava forte pela floresta.

Os garotos sentiram os pés saírem do chão. Eles foram cercados por uma luz verde-oliva e então tudo desapareceu.

Ao retomarem os sentidos, encontravam-se em algum lugar que não sabiam exatamente onde era. Viram homens de preto saírem de uma torre que começava a pegar fogo. No céu, dois Pokémon enfrentavam-se furiosos.

— Onde estamos? O que aconteceu?! — Berrou Ethan para Amy e Forrest.
— Eu não sei! Há um segundo estávamos na Floresta Ilex! — Disse Forrest.

Amy olhava vidrada para o céu. A boca aberta e o corpo duro emitiam o pavor que ela estava sentindo.


— N... Não pode ser... — Murmurava.
— Quem são aqueles Pokémon? — Ethan perguntou. — Acho que já os vi em algum lugar!
— Eu nunca vi aqueles Pokémon antes! — Disse Forrest.

Ethan tentava lembrar de onde já tinha visto aqueles gigantes. Memórias vinham em sua cabeça, mas nada esclarecia sua dúvida.

Um dos raios de poder que saíra da boca de um dos Pokémon — Um branco com a barriga azul — veio em direção aos garotos. Ethan sentiu um Pokémon escapar de uma de suas PokéBolas e uma mancha azul pular na sua frente.

O Aeroblast atingiu o chão e então tudo desapareceu novamente.

Ethan retomou os sentidos. O já familiar cheiro de planta selvagem invadiu suas narinas. Não havia mais a gritaria apavorada, agora, apenas o silêncio. Wobbuffet ainda estava em sua frente usando Mirror Coat que aparentemente refletira aquele ataque poderoso. Teria aquilo sido um sonho?

— Voltamos à Floresta Ilex? — Perguntou Forrest.
— Acho que sim... Cadê a Amy? — Perguntou Ethan olhando para os lados.

A garota estava a metros de distância, caída no chão. Seu chapéu estava um pouco mais longe. Estava desacordada.

— Amy! — Gritou Ethan correndo para ajudar a amiga.

Minutos se passaram até Amy recobrar a consciência. Ela ainda estava assustada. Não percebeu quando Forrest localizou algo perto do santuário da Floresta e foi ver o que era.

— Ei, pessoal... O que é isso? — Perguntou o garoto pegando a PokéBola dourada e prateada. — Uma PokéBola? Eu nunca vi uma igual a essa antes...

Amy olhou para o que Forrest segurava. Ela levantou-se correndo e tomou o objeto do amigo.

— Isso é meu. E vocês não vão roubar! — Disse ela com fúria.
— Calma, Amy! A gente não vai roubar nada de você! — Disse Forrest assustado com a reação repentina da amiga.
— Nunca toque nela, ouviu? NUNCA! — Berrou.

Ethan e Forrest a encaravam assustados. O que acontecera para a garota agir daquela maneira?

— Amy, você pode ter certeza que a gente nunca vai mexer em nada seu. A gente gosta de você e nunca faria nada para te magoar. — Disse Ethan medindo as palavras para tentar acalmar a garota.

As mãos de Amy afrouxaram cada vez mais. Quando o objeto caiu no chão, Amy caiu de joelhos, chorando muito.

— O que eram aquelas coisas? — Perguntou com os olhos cheios de lágrimas.
— Eu não sei, Amy... Acho que podemos ter aspirado Sleep Powder do Butterfree, dormido e tivemos esse sonho louco... — Disse Ethan abraçando a amiga.
— Calma, Amy... Já passou. — Forrest imitava o gesto de Ethan e abraçou Amy também.


Mais calma, Amy retomou a caminhada pela floresta com os amigos. Ainda restava o último Farfetch’d para procurar.

— Olha, por que a gente não volta e diz que não conseguimos encontrar o outro? Eu tô cansado, sabia? — Disse Ethan parecendo irritado.
— Não... Antes morrer de cansaço do que apodrecer na cadeia. É o que acho. — Disse Forrest também cansado.

O último Farfetch’d apareceu voando por entre a floresta. Ethan pareceu animado em vê-lo, porém, o Pokémon liberou uma gosma branca e fétida que caiu bem sobre a cabeça do garoto.

— Ele... Fez... Cocô... No meu boné?! — Berrou irritado.

Ethan saiu correndo atrás do ligeiro Pokémon que parecia zombar da cara do garoto. Vendo uma pedra de tamanho médio no chão da floresta, Ethan logo arremessou no ar, atingindo a cabeça de Farfetch’d que caiu desmaiado.

— EU VOU FAZER OUTRO BONÉ COM SUA CARCAÇA, SEU MALDITO! — Ethan pegou Farfetch’d e começou a chacoalha-lo no ar. Forrest conseguiu impedi-lo de matar o Pokémon.

— A PokéBola! Use a PokéBola! — Exclamou.
— Ah, é mesmo! — Ethan retornou Farfetch’d para a PokéBola.

Já no fim da Floresta Ilex, os garotos finalmente encontraram o lenhador.

— Hahaha! Vejam só, se não são os ladrões de Pokémon! Encontraram meus Farfetch’d? — Perguntou ele.
— Sim. Os três estão aqui. Ou quase. — Disse Ethan com um sorriso vingativo.
— Como assim? — O lenhador perguntou desconfiado.
— Nada, nada... Enfim, podemos ir agora? — Perguntou Forrest.
— Bem... Já que vocês recuperaram meus Pokémon... Podem sim. Mas se voltarem a roubar Pokémon de novo, eu vou comunicar a Polícia! — Bradou ele.

Os garotos saíram correndo para a saída da Floresta que dava a Rota 34, caminho da Cidade de Goldenrod.

Na procura dos Farfetch’d, um fenômeno misterioso aconteceu. Por que será que Amy esconde a PokéBola GS? Aquilo foi realmente um sonho? Mistérios acontecem sempre no Mundo Pokémon... E a procura de respostas acarretará em novos desafios.



TO BE CONTINUED...





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