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Posted by : Dento
Feb 3, 2016
A Cidade de New Bark: A Cidade
onde sopram os ventos do recomeço.
Recomeço...
Palavra engraçada.
Lyra já estava a muitos anos
vivendo na Cidade de New Bark. Era sua cidade natal. No entanto, a odiava
porque era muito parada. Nada acontecia em New Bark. Nenhum evento de grande
importância. Nenhuma Liga Pokémon. Não havia nem mesmo um Ginásio!
Aquela cidade era realmente um
porre.
Com uns sete anos, Lyra resolveu,
por conta própria, ajudar seu tio, o Professor Elm, com os Pokémon. Vendo cada
treinador que saia de New Bark para viajar por aí coletando Insígnias, percebeu
que era isso que ela queria fazer. Sair da cidade, conhecer novas pessoas...
Crescer.
Os pais de Lyra, Gold e Crystal,
célebres treinadores Pokémon, cuja mulher era irmã de Elm, mudaram-se para a
região de Sinnoh ainda quando ela era muito jovem. Resolveu morar então com
seus tios. A esposa do Professor Elm faleceu a alguns anos de uma doença muito
rara. Por causa disso, ele se tornou um homem amargurado. Demorou anos para que
Elm começasse a retomar o gosto pela vida novamente. E tal fato aconteceu
devido aos Pokémon. Por isso ele nunca saiu do laboratório, tendo Lyra como
companheira frequente. A garota acabou se tornando uma espécie de filha para o
solitário pesquisador, que a ensinou tudo o que sabia sobre Pokémon. Suas
experiências, tipos, IVs, EVs, golpes super-efetivos, e tudo o mais. O
cientista deu até mesmo o primeiro Pokémon de Lyra: Um pequeno Azurill — que
com a dedicação da garota, acabou evoluindo em um bonito Marill. Elm foi um
verdadeiro mestre para Lyra.
Há algumas semanas, a garota
começou sua jornada Pokémon de uma forma bizarra. Um garoto estranho havia
roubado o Totodile de seu tio.
“Um
barulho de vidro quebrando foi ouvido ao longe. Os assistentes do professor
foram direto ao local do barulho. Elm correu para o local também enquanto Ethan
recolhia Totodile, Chikorita e Cyndaquil que estavam correndo apavorados na
sala. Assim que os retornou, os garotos deixaram as PokéBolas dentro de uma
cabine dentro do PC do Professor Elm e correram para ajudá-lo.
O
misterioso garoto dos cabelos vermelhos então conseguiu pular a janela. O
barulho do choque dos seus pés com o chão chamou a atenção da Ethan.
—
Ethan? O que foi? — Perguntou Lyra ao colega.
—
Não... Nada. Acho que estou ouvindo coisas demais... — Respondeu.
O
jovem invasor percorreu o corredor até o fim e conseguiu encontrar o local onde
Elm fazia suas pesquisas. Ele admirou a estátua dos guardiões e encontrou o
local onde estavam guardadas as PokéBolas. Ele se deslocou para o PC, mas uma
voz o interrompeu.
—
O que está fazendo aí? — Perguntou a voz de Ethan.
—
Opa... Parece que eu tenho companhia...
—
O que está fazendo aí? — Ethan perguntou novamente ao garoto.
—
Bem, particularmente nada. Estou imitando o que vocês garotos fazem, não é?
Conseguindo um Pokémon inicial para enfim começar a minha jornada. — Respondeu
o garoto.
—
Acho que esse não é o método correto de você fazer isso.
—
Eu não penso assim. — Disse o garoto pegando uma das PokéBolas que estavam
armazenadas.
—
Devolva! — Exclamou Ethan.
—
Bem, eu não peguei emprestado para devolver. Gosto de ser direto. Estou roubando.
Agora, se me der licença, tenho que partir. Sayonara.
O
garoto passou correndo. Desaparecendo pelo corredor, Ethan só teve tempo de
pegar outra das duas Pokébolas restantes para perseguir o invasor. Passando
pelos corredores, ele se aproximava cada vez mais do rastro ruivo que estava a
sua frente, derrubando os cientistas, vendo o caminho livre para fugir. Ethan
se atrapalhou, tropeçando em um dos cientistas. Elm e Lyra ficaram assustados,
mas Ethan se levantou e saiu pela porta do laboratório perseguindo seu alvo.”
Ah, Ethan... Sempre o herói. Ele
saiu correndo atrás daquele ruivo e só foi encontrado horas depois pela polícia
caído no chão da Rota 29.
A relação com o rapaz vinha desde
quando os dois eram crianças. Marieta chegou na Cidade de New Bark com Ethan
recém-nascido. Veio atrás do pai daquele bebê, mas nunca o encontrou. Acabou se
estabelecendo na pequena cidade. Se tornou vizinha do laboratório do Professor
Elm, onde Lyra era criada — lembrando o fato de que Elm morava nos terrenos de
seu laboratório, em um sobrado feito na parte de cima. Os dois garotos
cresceram juntos, mas desde pequenos já demonstravam antipatia um pelo outro.
Talvez tudo tenha começado quando Lyra uma vez, colhendo Apricorns pela Rota 29
e um bando de Pidgey selvagens atacou a garota. O pequeno Azurill tentou dar
conta do recado (assim evoluindo) e conseguiu afugentar grande parte daqueles
pássaros. A garota voltou desesperada para a Cidade de New Bark, mas percebera
que havia esquecido sua cesta com as Apricorns. Viu Ethan chegar logo depois
com o objeto, mas ela estava vazia. O jovem rapaz havia comido todas as frutas nela contidas.
Foi aí que um ódio imenso começou
a crescer no coração da pequena Lyra. Ela o encheu de porradas e nunca mais
confiou nele outra vez. Já Ethan, nunca entendeu o motivo de ter apanhado,
portanto, desenvolveu uma relação extremamente traumática e antipática pela
menina. E não existe nenhuma possibilidade dos dois se desculparem totalmente
por causa disso. Eles apenas se respeitam como treinadores nos dias de hoje,
nada mais.
Foi por causa de Ethan que Lyra
tomou a iniciativa de sair em viagem. Ela não podia, em hipótese alguma, deixar
por ser derrotada por aquele moleque idiota. Ela seria melhor que ele.
A perseguição à Silver foi o gás
que Ethan precisou para sair como treinador. Ele havia prometido recuperar o
Totodile roubado do Professor Elm.
“Titio... Acho que vou seguir
viagem, como o Ethan...”, a garota anunciou, tímida.
Elm não pareceu surpreso. Pelo
contrário. Deixou um silêncio prevalecer durante alguns segundos, até levantar
de sua cadeira e se dirigir a uma das estantes, retirando um objeto rubro de
lá. Ainda em silêncio, andou em direção à sobrinha, estendendo as mãos. A
garota soltou um suspiro. Era uma PokéAgenda, igualzinha a que o mesmo havia
dado, junto com o Professor Carvalho, à Ethan horas antes. Elm também
presenteou a garota com o último Pokémon inicial restante: Chikorita. Afinal,
se Ethan tinha saído da cidade com dois Pokémon (o recém-adquirido Cyndaquil,
do mesmo laboratório e o Sandshrew de sua mãe), ela também tinha esse direito.
“Eu sabia que estava na hora da
minha garotinha crescer”. O homem deu um sorriso jovial ao dizer essas
palavras.
E então foi assim que a garota deu
seus primeiros passos rumo ao treinamento Pokémon. Estava livre de todo o seu
passado. Estava livre dos seus problemas. Estava livre de New Bark.
Seu primeiro Pokémon capturado foi
um Sentret. Juntos, eles passaram pela rota 29 capturando todos os Pokémon que
viam. Pidgey. Caterpie. Weedle. Sua PokéAgenda começava a ficar cheia de
informações. Chegando em Cherrygrove, deu uma boa olhada na praia da cidade. A
vista do mar no Centro Pokémon era linda.
Seguiu viagem. Acabou por dormir
na Rota 30. No dia seguinte, chegava à Cidade de Violet. Sabia que tinha um
Ginásio ali. Tratou de treinar. Foi em direção à Torre Brotinho, mas ficou
sabendo que estava fechada porque um treinador de New Bark havia nocauteado
todos os Pokémon daquela torre, então os monges estavam recusando batalhas por
ora.
Não havia outra escolha. Resolveu
seguir para o Ginásio da cidade.
Falkner a recebera muito bem.
Explicou as regras da disputa: Dois contra dois. Se a garota vencesse, poderia
ganhar a Insígnia de Zephyr. O líder era novo, mas já havia dado sua primeira
Insígnia a um garoto genial chamado “Ethan”, que havia proporcionado uma
batalha de grandes surpresas. Lyra ficou estática ao saber que seu rival estava
na sua frente por uma Insígnia.
A batalha havia iniciado. O
Hoothoot de Falkner era forte. Mega, a Chikorita tomou a frente, mas logo fora
derrotada pelos golpes aéreos. Estava 1x0 para o Líder de Ginásio.
Lyra usou agora Ota, o Sentret.
“Quick Attack, Ota!”.
O esquilinho era rápido. Muito
rápido. Hoothoot acabou sendo derrotado, empatando a disputa.
Falkner agora usava seu Pokémon
mais forte: Pidgeotto. A grande criatura acabou causando medo no pequeno Ota. “Fury Swipes” tentava atingir o oponente,
mas o grande Pidgeotto era veloz. Apenas um Whrilwind
foi suficiente para derrubá-lo.
Lyra saíra frustrada do Ginásio.
Não podia existir alguém mais forte do que ela.
Ela se sentia inútil.
Algo dentro dela a provocava.
Dizia que ela era um lixo. Todos eram melhores que ela.
Mas não! Não! Ela era mais forte
que aquelas vozes!
Ela iria tentar de novo! Iria
tentar até vencer. Não importava o quanto tentasse, ela iria conseguir ser
alguém.
Em seu laboratório em New Bark,
seu tio Elm conversava consigo mesmo, ciente da decisão que havia feito em
deixar sua sobrinha partir em uma jornada sozinha.
“Espero que a psicose dela não a
atormente enquanto ela estiver viajando...”, pensava o Professor sozinho em sua
sala.
Yo Dento
ReplyDeleteNossa mano a Lyra tem psicose( porque toda fanfic tem que ter um personagem com algum tipo de doença,Megalomania,psicose etc
E sempre nos melhores personagens o que esses autores tem com a vida pra fazer isso ;-; que maldade no coração.
Mas se bem que isso pode justificar o fato dela implicar tanto com o Ethan.
Que triste a historia dela os pais abandonaram(Eu entedi isso)com o tio(mesmo ele sendo legal) ela arranjo treta com o Ethan e saiu em viagem sozinha.
Pergunta de todo dia:Você disse que ela saiu capturando todos os pokemons que vinham pela frente na rota,então quer dizer que ela vai tentar completar a pokedex?
Yo Dark!
DeleteParece até clichê né? Mas ela não nasceu com isso. Essa doença se desenvolveu nela depois dos traumas que ela viveu (como os pais a abandonando, como você mesmo acertou). A Lyra sempre foi meio incompreendida, por isso eu acho ela uma personagem genial. E eu me alegro por vocês se importarem com ela.
E sim, esse é o objetivo principal dela até esse momento, capturar Pokémon e completar a PokéDex. No entanto, eu já adianto que isso vai mudar no futuro, mas nada muito drástico. Ela vai ter uma grande reviravolta na história. Vai ser a personagem que mais vai surpreender. =]
Hello!
ReplyDeleteVou ser sincero, até agora a Lyra não me tinha despertado grande interesse, mas agora acho que a vejo de uma forma diferente.
É como dizem, muitas vezes os vilões não são vilões à toa, há sempre uma razão por trás de tudo. Eu sei que a Lyra não é uma vilã (por agora), mas talvez a razão dela não suportar Ethan seja a sua Psicose, o abandono dos seus pais... talvez ela até tenha medo de se apegar às pessoas por causa disso.
Fiquei com pena dela, quero guardá-la numa caixinha!
Ótima crónica!
E aí, Angel!
DeleteUma das funções desses especiais é justamente trazer um novo olhar sobre esses personagens. Até porque, eu penso que não se pode escolher "um lado" sem conhecê-lo bem. Por isso, acho justo dar a oportunidade de esses personagens aparecerem sem serem desfocados pelos protagonistas. =]
Que bom que gostou. Espero que a Lyra possa te conquistar mais. XD
See ya!
E aí Dento!
ReplyDeleteParece que finalmente pudemos ver um pouquinho da Lyra. Desde que Ethan deixou New Bark não temos notícias dela. Mas agora temos pelo menos uma "atualização" sobre seu progresso como treinadora.
É rapaz, ao contrário do Gary que, como visto na crônica passada, usa a superioridade de seu rival como um fator motivacional para ser ainda melhor, me parece que a Lyra, mesmo com essa intenção, terá um pouco mais de dificuldade em lidar com isso. Ela parece ter algumas incertezas sobre sua própria capacidade, e seu problema de psicose revelado por Elm no fim desse capítulo pode ser um agravante para impedi-la de vencer suas dúvidas internas.
Mesmo assim foi bom ver um pouco mais da história dela. É uma personagem muito interessante, em quem você está desenvolvendo um excelente trabalho! Espero que possamos vê-la um pouco mais em breve.
Até a próxima!
Yo, Sigert!
DeleteLyra finalmente tendo um espaço merecido dentro da história. Como eu sempre disse, infelizmente não se dá para trabalhar com todos os personagens de uma forma decente dentro do plot principal sem desviar muito, então, as crônicas são uma forma de mostrar que sim, a jornada deles existe e sim, eles também são importantes.
O problema da Lyra só é um peso porque ela acha que é. Infelizmente, ela não consegue encontrar uma motivação para superar esse problema. O problema sempre acaba ficando maior dentro da cabeça dela... Eu só espero que ela não se torture demais por causa disso, até porque, o que ela tem é um problema sério... Por que o Elm em sã consciência deixaria sua sobrinha sair por aí com uma doença dessas?!
Mas que bom que você curtiu. Espero que as outras aparições dela também te surpreendam! =]
See ya!