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Posted by : Dento
Feb 17, 2016
Cidade
de Viridian, 17 de Fevereiro de XXXO
Uma
moça ruiva segurava nas mãos de uma pequena criança, com idade aparente de um
ano, enquanto cantava canções de ninar. Não conseguimos ver seu rosto, está
oculto por uma estranha sombra. Em definição apenas seu sorriso jovial. Aquela
mulher era a mãe da garota. Ela se chamava Bianca. Falava para a menina sobre
os Pokémon.
“Po...ka...mão...?”,
questionava a garotinha sobre a pronúncia daquele nome complicado. Bianca deu
um sorriso singelo. Repetia cada sílaba
devagar enquanto achava graça dos pequenos olhos esbugalhados de Amanda
tentando repetir o que ouvia.
***
Base
da Equipe Rocket, Cidade de Saffron, 26 de Abril de XXIB.
Oito
anos se passam desde que nos deparamos com Amy e sua mãe, Bianca. Estava em uma
sala escura, com quadros de Pokémon. A criança estava de cabeça baixa, defronte
à mesa onde Giovanni governava.
Ele
encarava a menina com um olhar sério. “O que você quer dessa vez?”. Sua voz
autoritária ressoava por toda a sala toda vez que falava.
“Por
que meus pais morreram?”. Já era a milésima vez que a garotinha fazia aquela
pergunta.
“Já
faz seis anos. Você tinha apenas dois quando aconteceu. Por que não aceitou
ainda que eles fracassaram em missão?”
“Porque...
Eu sinto falta deles”. Lágrimas brotavam no rosto da menina.
Giovanni,
longe dos holofotes, longe da atenção de todos, tornava-se compassivo. Agachou
na frente da menina e pôs sua mão em cima da pequenina cabeça da criança. “Você
se tornará uma mulher de fibra. A maior agente que a Equipe Rocket já viu. Nunca
chore pelos mortos. Eles não ouvirão o seu lamento”.
Amy
secou suas lágrimas com suas pequenas mãos.
Ouviu-se
a porta abrir. Giovanni e Amy olharam para trás. Ariana adentrava o recinto com
um garoto um pouco menor que Amy, e extremamente parecido com ela. Exceto pelos
olhos, que eram de seu pai.
“Giovanni...
É hora do treinamento dos dois”, anunciou.
O
homem ergueu-se e voltou para a sua mesa.
“Dispensada,
agente”. Amy sabia que aquelas palavras eram para ela. Um dia honraria o ofício
que lhe fora confiado.
***
Cidade
de Lavander, 8 de Setembro de XXIH.
Aos
10 anos, Amy e seu amigo Silver saíram pela primeira vez em uma missão oficial.
Após anos de treinamento na base da Equipe Rocket, eles acompanhariam alguns
capangas para uma missão na Cidade de Lavander: Roubar a ossada de um Pokémon
para conseguir DNA.
Os
membros sabiam que era mais simples roubar a caveira que um Cubone usa de
capacete era a melhor solução. Afinal, ninguém precisaria sair machucado.
Fizeram uma armadilha e aguardaram algumas horas até que o Cubone selvagem aparecesse.
Quando
o plano da armadilha funcionou, os homens correram imediatamente para soltar o
Cubone. Pediram para que as crianças apenas observassem de longe para não
atrapalhar ou afugentar o Pokémon. No entanto, uma Marowak apareceu e atacou
aqueles humanos para defender seu filhote.
Foi
então que Amy presenciou uma cena que não esqueceria nunca mais.
Com
um bastão, um dos homens atingiu a cabeça de Marowak, matando-a
instantaneamente. O sangue escorria para os lados. O pequeno Cubone teve seu
capacete de ossos furtado. A missão estava completa.
Quando
retornou, Amy entrou com fúria na sala de Giovanni. “VOCÊ É UM NOJENTO! VOCÊ
MATOU UM POKÉMON!”, berrava a garota.
Giovanni
levantou-se da mesa e se dirigiu a ela, dando um tapa na cara da menina,
fazendo-a cair tonta no chão. Era a primeira vez que ela apanhava.
“Não
existe progresso sem alguns sacrifícios. Lembre-se que seus pais foram exemplos
disso. Seja bem-vinda ao mundo real”.
Amy
levantou e saiu correndo dali. Daquele dia em diante, ela faria tudo o que
pudesse para se afastar daquela gente, nem que isso custasse sua vida. Afinal,
estar morta era melhor do que ser escravizada e ser ordenada a fazer coisas que
não queria.
Em
seu quarto, a menina chorava em sua cama. Pidgey, seu único Pokémon, tentava
consolar sua mestra.
***
Base da Equipe Rocket, Cidade de
Saffron, quatro anos atrás.
Havia uma
frenética reunião acontecendo naquela sala escura. Membros do mais alto escalão
da Equipe Rocket debatiam ideias enquanto Giovanni, pensativo, estava perdido
em pensamentos, sentado no canto da mesa. Ele se irritava com o falatório. Até
que a bolha de sua paciência estourou. “Precisamos deter Mewtwo!” Disse ele
batendo com a mão na mesa interrompendo imediatamente a discussão.
“E o que você
tem em mente, pai?”, Silver questionou.
“Criar um
Pokémon melhor, mais poderoso, para deter o Pokémon mais forte do mundo”. Respondeu
Giovanni.
“Mas... E se
der errado? Ou ficar fora de controle assim como Mewtwo?” Perguntou um dos
executivos. “O destruiremos. Não daremos mole assim como fizemos com Mewtwo!” Respondeu
Giovanni com firmeza.
Amy, que
permanecia calada, se prontificou.
“Giovanni,
você sabe que isso vai ser inútil, não é?”. Todos olharam para a garota. Ela
era a única que ousava questionar as ordens do chefe.
“Inútil por
que, exatamente?”, perguntou ele parecendo interessado.
“Mewtwo foi o
projeto mais audacioso que tivemos em anos... Se ele não deu certo, como
pretende fazer com que outro clone dê?”
Giovanni
levantou-se da mesa e caminhou, a passos lentos, em direção da garotinha. Ela
era muito nova, mas há anos era treinada pelos mais bem sucedidos agentes
daquela máfia. Ela sempre foi muito contestadora, mas Giovanni apreciava aquilo.
“Amy, você
sabe que eu sempre tenho certeza dos meus objetivos. Confie em mim, eu sei o
que faço.”
Giovanni
parou defronte à menina. Amy levantou-se da mesa. “Faça o que quiser.” Disse a
garota friamente sem fazer contato visual com Giovanni.
Amy se
dirigiu para a saída da sala.
“Continue do nosso lado, Amy. Você vai ser
altamente recompensada”, disse Giovanni com um sorriso.
Pela primeira
vez, a garota o encarou, fazendo contato visual.
“Eu sei
disso. Eu sou obrigada a continuar do lado de vocês”.
Amy, com
passos firmes, se retirou do recinto. Giovanni deu um sorriso malicioso.
“Ela ainda
vai longe”.
***
Cidade de Violet, três anos atrás.
Giovanni
estava exausto. Amy, Silver e Ariana e alguns dos maiores executivos da
corporação o olhavam curiosos. O homem apoiou-se em uma das paredes daquele
casarão antigo em que se escondia e de onde poucas pessoas sabiam da
localização. Ele encarou a todos com seriedade.
“Os planos da
Equipe Rocket serão reestruturados... Teremos a glória de novo...”.
Giovanni retirou
do bolso a PokéBola GS e a olhou com malicia.
“O dia em que
nós caímos será apagado da História”.
***
Base da Equipe Rocket, Cidade de
Saffron, há dois meses.
Amy
já sabia que Giovanni pretendia usar Celebi na noite seguinte. Ela chegaria a ele
primeiro. Ela mudaria a História. A Equipe Rocket não existiria. Seus pais não
seriam assassinados por eles. O mundo seria diferente.
Ela
já tinha tudo em mente. Ela usaria os poderes adquiridos dentro da corporação
por todos aqueles anos para chegar à sala onde estava a PokéBola GS. Ela
esperaria a troca de turnos para agir mais rápido. Depois, ela partiria para
algum lugar distante e assumiria uma nova identidade. Viveria como uma
treinadora Pokémon comum. Se possível, também viajaria em grupo, para poder
convencer mais. Ela já sabia que a Equipe Rocket a caçaria até o fim de sua
vida. E ela também sabia o que eles faziam com membros rebeldes.
Afinal,
seus pais sofreram do mesmo mal.
As
horas passavam e a garota aguardava pacientemente.
Quando
ela olhou para a janela e viu o céu negro adquirindo um escuro tom de azul, Amy
agiu.
Mais uma vez, amanhecia
na região de Kanto. Cada cidade agora começava a ficar iluminada pelo Sol.
Todos estavam aconchegados pelo sono em suas casas, mas algo acontecia ali na
cidade de Saffron. Um sinal alto tocava dentro de um prédio em especial e todos
ali estavam atentos e corriam para onde o alarmante apito tocava. O som
estridente e irritante chamava a atenção das poucas pessoas daquela metrópole
que já haviam acordado. Todos observavam curiosos o prédio, vendo que até mesmo
a polícia começava a chegar.
Mas nem eles sabiam que
era Amy era a causadora de toda aquela confusão. Eles nem sabiam quem ela era,
e isso a motivava. Sua liberdade havia chegado.
DarkGrovyle,17 de Fevereiro de XX00
ReplyDeleteYo Dento
Malz não aguentei a zueira huehuehue
Mano a Amy é muito vida loka desafia o chefe do bagulho na frente de todo mundo na caruda kkk
E isso que você falou seria um Mewthree huashuash ou seria o Celebi?
Mano uma duvida da fic a Historia vai ser em torno do Celebi ou as lendas de Jotho vão dar as caras por aqui ainda tipo Lugia X Ho-Ho ou os cães lendários rugindo por ai huehue
Mas que crônica top cara ficou muito massa(De preferência Pizza huehue)esse episodio cara
See Ya
18 de Fevereiro de XXZQ.
DeleteHahahaha
Yo, Dark! Que bom que curtiu essa crônica.
Sim, a Amy mete o louco, mas ela tem seus motivos, né? AHEUAHEUAHUEA
E sobre o que eu falei: Você terá que aguardar um pouco até eu poder te contar, se não, acaba a graça. Mas você pode fazer suas apostas. Se bem que eu acho que você já saiba, mas é melhor eu atiçar mais sua imaginação. ;)
Respondendo sua pergunta: A história gira em torno dos dois. Lugia e Ho-Oh são partes fundamentais do enredo, mas eu adianto que, a Equipe Rocket tem algo bastante grandioso com esses dois lendários... É esperar pra ver.
Espero que você continue acompanhando!
See ya!
Boas!
ReplyDeleteDEMAIS!!!!
Eu adoro, repito, A-D-O-R-O mistérios e não podia pedir melhor para a minha personagem preferida!!
Parabéns pelo otimo trabalho Dento! Continue!!
Yo, Angel!
DeleteAmy é a rainha do mistério, né? Que bom que eu acertei com ela nesse especial. Ela é um personagem difícil de se trabalhar, porque ela tenta disfarçar muito bem, então, sempre tem uma personalidade diferente, dependendo da situação. Nesse ponto, Ethan e Forrest não sabem da ligação da garota com a Equipe Rocket... Mas ela é uma personagem fantástica demais. ♥
Continuarei me esforçando!
See ya!
Yo mano!
ReplyDeleteRapaz, um capítulo inteiro dedicado à Amy! Tudo bem que ela já roubou a cena várias vezes, mas finalmente um em que ela não precisa dividir os holofotes!
Cara, é incrível como ela passou por todo esse processo de treinamento na Team Rocket! Ela conhece os caminhos e os processos dentro da organização, o que a torna uma verdadeira ameaça para os planos de Giovanni, que por sua vez fica ainda mais irado pelo fato de que ela era uma agente de confiança em quem ele depositava grandes expectativas.
Um pouco mais dessa história em torno dos poderes de Celebi foi revelado. Ter o poder de mudar o passado nas mãos dessa gente é um verdadeiro perigo. Imagina um tempo onde Mewtwo é obediente a eles, onde o Red não deitou os caras na porrada, onde eles conquistaram a Silph Co... Tenso!
Mas ainda faltam peças para esse quebra-cabeças. Aos poucos as informações vão chegando, e à medida que o enredo for caminhando teremos mais respostas. Até lá, nos resta aguardar pacientemente.
Excelente crônica, champs!
Yo, Sigert!
DeleteSim, finalmente chegou a vez da Amy de brilhar, dessa vez, sozinha!
Pois é, né? Acho que um dos grandes erros da Equipe Rocket foi, justamente, ter perdido a Amy, visto que ela é experiente... O grande problema aqui é descobrir o que ela tem em mente... Parece que só derrotar a Equipe Rocket não é o bastante. Mas ela é tão enigmática que nem conseguimos entendê-la direito...
"Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades". Se esses Pokémon caem em mãos erradas, o mundo viraria um caos! A Equipe Rocket tem um objetivo fixo: Conseguir de novo a glória do passado, antes de Red ter cruzado seu caminho. Se eles conseguem, muita coisa dos tempos modernos vão entrar em colapso! Mas isso abre muitas teorias pra gente pensar: E se eles conseguirem, o que ia mudar? É algo que às vezes eu perco horas pensando sobre...
Aos poucos, tudo vai fazendo mais sentido. Acho que o jeito é usar nossos faros de detetive pra ir criando teorias e teoremas pra tentar entender os personagens. Mas sua intuição é muito boa. Espero que ela continue te ajudando! =D
See ya!